sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Muita gente pra pouca humanidade


  N´alguma fenda secreta de nossas almas, um serzinho ínfimo, quase invisível, alimenta dia após dia, um Hyde carniceiro, um Exu faminto, um diabinho com tridente afiado. E cada um sabe a hora de soltar os bichos. Cada um sabe quando toca o terceiro sinal para lançar seu monstro ao público.E é nesse átimo bestial que nos batizamos de tão propagada humanidade. Paradoxalmente, é neste mesmo instante que ressoam dos quatro cantos burburinhos como “Isso é desumano!!”. Essa humanidade hígida é uma perfídia, daí a máxima cristã: “... que atire a primeira pedra...”
      Hyde está sempre se aquecendo atrás da cochia...Qualquer hora ele ganha a cena e não vai ser uma pedra que ele vai lançar. Ele vai chegar montado numa catapulta! E depois do espetáculo, sem nenhuma polidez, arrotará na cara dos pagantes, sem ao menos lembrar de agradecer ao serzinho ínfimo que tão desveladamente o alimentou. Talvez Hayde cante algo assim...

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