Estava a um palmo da lua em sua janela, quando entrou de rompante no quarto meio desamparada e inteiramente aflita. Estavam tão próximas, que, por um átimo pensou que ou se desgarrava naquele exato momento, ou não o faria nunca mais! Então estaria presa para sempre em sua amarelidão de lua baixa.
Que moça boba!!! Fechou a janela achando que estava livre... E do lado de dentro via ainda mais clara a lua que não via fora.
Então fechou os olhos... e mais uma vez, lá estava... cheia e brincante a dona dos seus olhos e janelas cerrados e de seu desejo contido.
Acendeu uma vela, se não para seu anjo da guarda, para fazer fagulha e distrair seus olhos de moça aluada! Quem sabe a chama fogosa fazia a noite passar em claro? Porque tinha medo de dormir e sonhar que toda vez que a lua crescia era para mostrar pra todo o mundo que ela estava nua e no cio, largada no céu.
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