domingo, 8 de maio de 2011

Feliz Dia das Mães, Luciana!

Porque não se nasce mulher (torna-se), nem todas nascemos com o gérmen da maternidade.  Avistei o meu, muito de longe, por volta dos vinte e quatro anos. Sempre achei os vinte e quatro uma idade genuinamente maternal, e a ciência endossa esse achismo (no meu caso achado). Mas eu queria ser minha própria mãe e minha própria filha. Havia um encontro comigo mesma ainda não resolvido a esta altura. Aos vinte e oito, adotei uma foto de indiozinho, tirada da revista National Geografic , que chamei de filho, nomeei e passei a carregar na carteira. Neste mesmo ano comecei a freqüentar a terapia.
Hoje tenho quatro gatos que não me desejaram Feliz Dia das Mães porque o fazem todos os dias com seu ronronar manhoso e seus olhos meninos. Caminho a passos largos rumo aos quarenta, quando, então, terei mais três cachorros, um periquito, dois papagaios e um macaco.
A Fada Bêbada diz que meu discurso piegas é tão previsivelmente barato no dia das mães, que ela se recusa a maiores comentários...

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