Trinta e dois graus à sombra, uma galeria encravada no meio da Sans Peña e a demora da espera para encadernar a cópia do livro xerocado... Ela olhava para cima, para o lado e para a hora no celular que gritava seu atraso. Balançava o pé, batia a ponta dos dedos na mesa... até pousar desavisadamente os olhos na borrachinha de dinheiro contorcida sobre um pacote de papel A4. Tentou esboçar um sorriso de indiferença mas antes, a borrachinha encarou-a muito malandramente, soltou uma gargalhada petulante e bradou em voz muito impostada:
- Navegar continua a ser preciso, ver borrachinhas de dinheiro contorcidas não é preciso!!!
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