quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Cão Vadio

Então no meio da zorra toda ela me sai gritando que paixão é um cão ladino e sem dono (quase um clichezão!). Mas era ela quem estava no cio. O cão dos infernos apenas respondia a seus apelos veementes. Ela era a dona do cão vadio e falava com tanta graça de seu descalabro que iluminava a sala e arredores. Se havia um quê de impaciência, devia ser uma espécie de tesão contido que lhe escorria pelos poros, mas ela parecia saber o que fazer com sua selvageria. Foi quando soltou uma gargalhada orgástica,  e disse, a seguir contendo o tom: “...mas eu sou tímida”.

Foto da net

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