quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Notícias de lá (do Vale do Capão)

Meditou durante doze horas seguidas e já não sentia os braços e troncos e pernas picados pelos mosquitos gigantes! Devem ser geneticamente modificados esses mosquitos do Capão... potentes, mutantes, mosquitos putativos na boa fé da picadura.
Depois voltou ao Samsara, ao ciclo de seu auto-pertencimento e xingou da primeira à última geração de pernilongos.  Ficou olhando a pele intumescida em estampada reação alérgica e gozando o prazer da coceira levada às últimas consequencias. Tomaria dali o Vale do Capão inteiro tatuado na pele, mesmo quando não houvesse mais sangue ou ferida, e abandonar-se-ia também na epiderme largada pelo prazer imensurável do gozo.
Era assim que ia  se desfazendo pelos caminhos, trocando-se através de cada poro e orifício interpenetrados. Depois emprenhava-se das marcas todas pra fabular canções de ninar suas malícias. 

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