domingo, 2 de janeiro de 2011

Para você, minha Bitta

Silêncio é só o que consigo ser hoje. O vazio que o tempo planta entre presença e ausência. Horas se tornarão anos e te levarão para longe de mim. Porque ainda agora você estava aqui nos meus braços tão pequena e indefesa. Seus olhinhos... Cadê você, Bittinha? Bibi? Bibibi? Bibi!!! Ah, meu amor, você está aqui... só não a vejo, mas sinto. Cuidando de seu filhinho Nino adotado, deitando sobre as roupas deixadas na cama, soltando pelos pela casa inteira. Eu te amo, minha Bitta.
O amor teima em não se resignar em amar sem você, mas ele agora tem de ser ainda mais sublime porque vai amá-la por toda parte, por toda a eternidade, mesmo sem vê-la em seu aspecto físico. E toda vez que eu pegar meu violão estarei tocando para você também, estarei a embalando nas notas que você sempre me ajudou a tocar.
E até que eu me acostume (?) em não lhe ver, estarei oca, apesar do amor enorme que me alenta. Um amor que flutua sem gravidade e não tem mais forma definida. É esférico e eterno em busca de seus olhinhos, de seu pelo tigrado dormindo ao meu lado e me aquecendo no frio.
A morte não existe, Bitta. É uma invenção do tempo, um furto abrupto da existência. Mas é só um duto do amor para a eternidade.

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