Então, numa reciprocidade de confissões, revelo-lhe também meus passos errados numa dança de libélulas:
Nem escrevo
Grito da boca pra dentro
Sento nua nesta cadeira
E liberto as libélulas todas de vez
Aprendi a não escrever poesia
E a sentar em todas as cadeiras
A dança das libélulas
É uma dança que se dança só
È de uma simetria infame
Pêndulo de movimentos certinhos
Nunca aprendi a valsar
A versar
Então sento de costas para o quarto escuro
E libélulo
Liberto minha coleção de meninas nos papéis
Voam
E eu desabo da fadiga desta única dança.
P.S - Foto apanhada no blog http://naparededocasulo.blogspot.com/
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